Oxitec inaugura o maior complexo de produção de mosquitos do mundo para fornecer as duas soluções mais eficazes para o controle da dengue em escala global

A instalação de produção de última geração em Campinas, Brasil, foi projetada para fabricar mosquitos Wolbachia e Aedes do Bem™ com economias de escala sem precedentes, permitindo uma rápida expansão no Brasil e globalmente. 

2 de outubro de 2025, Campinas, Brasil - A Oxitec Ltd, líder global em controle biológico de pragas, comemorou hoje o comissionamento total de seu complexo de fabricação de mosquitos em Campinas, São Paulo. A instalação é a maior e mais avançada fábrica de mosquitos do mundo, e a única capaz de fornecer em larga escala mosquitos com Wolbachia e Aedes do Bem™, duas tecnologias complementares comprovadamente eficazes na redução da transmissão da dengue e na supressão das populações do Aedes aegypti

Esta nova instalação entra em operação como uma resposta direta ao apelo da Organização Mundial da Saúde para acelerar o acesso a tecnologias inovadoras de controle de vetores, e marca um momento crucial na luta contra a dengue não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Com os casos de dengue atingindo níveis recordes na América Latina e na Ásia-Pacífico, esta instalação — projetada para abrigar várias linhas de produção distintas e segmentadas — foi construída para atender à crescente demanda de governos e comunidades que buscam proteção rápida, escalável e econômica. 

O complexo recém-inaugurado terá capacidade para fornecer até 190 milhões de ovos de mosquitos com Wolbachia por semana – quase o dobro da capacidade da segunda maior instalação de mosquitos com Wolbachia do país – o suficiente para proteger até 100 milhões de pessoas anualmente. A instalação também está fabricando os produtos da linha Aedes do Bem™ da Oxitec com uma capacidade semanal ainda maior, proporcionando aos clientes um controle biológico de mosquitos altamente eficaz, direcionado e sustentável. Desde 2022, o Aedes do Bem™ –capaz de reduzir as populações de mosquitos Aedes aegypti em comunidades urbanas em mais de 95% – está sendo implantado por governos, empresas e famílias em todo o Brasil, e uma expansão ainda maior está em andamento.  

A tecnologia Wolbachia – na qual uma bactéria que ocorre naturalmente em muitos insetos reduz a capacidade do mosquito Aedes aegypti de transmitir dengue, zika e chikungunya – comprovou reduzir a transmissão da dengue em mais de 75% em projetos-piloto urbanos em grandes áreas. Ela foi formalmente reconhecida pela Organização Mundial da Saúde e adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil como parte de seu Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD). Aguardando a aprovação da ANVISA, a instalação está pronta para começar a fornecer mosquitos portadores de Wolbachia ao governo, bem a tempo para o início da temporada de mosquitos no Brasil, e sem a necessidade de financiamento governamental para construção ou gestão.  

Ambas as tecnologias de controle biológico funcionam com a liberação de mosquitos em áreas urbanas. O método Wolbachia foi projetado para grandes campanhas de saúde pública em áreas extensas, através de programas lideradas por governos, enquanto Aedes do bem™ foi projetado para intervenções direcionadas de supressão de mosquitos, que podem ser implementadas por qualquer pessoa, em pontos críticos e onde a redução de mosquitos que picam é uma prioridade.  

“Dado que o impacto global da dengue está crescendo rapidamente, nos concentramos no desenvolvimento de uma plataforma de fabricação profissional e ampla que transformará essas e outras tecnologias altamente eficazes contra mosquitos em soluções implantáveis que governos e outros clientes podem usar para proteger bilhões de pessoas”, disse Grey Frandsen, CEO da Oxitec. “Estamos orgulhosos de que esta seja a nova instalação emblemática do setor.” 

A Diretora Executiva da Oxitec Brasil, Natalia Verza Ferreira, acrescentou: “O Brasil sofreu surtos devastadores de dengue nos últimos anos: a urgência de ação nunca foi tão grande. Com o novo complexo da Oxitec em Campinas, estamos equipados para responder imediatamente aos planos de expansão da Wolbachia do Ministério da Saúde, garantindo que tecnologia possa chegar rapidamente a comunidades em todo o país, de forma econômica.” 

Representado o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Dr. Fabiano Pimenta, parabenizou a Oxitec pela iniciativa e lembrou o processo de Wolbachia iniciado pela Fiocruz. "Acho muito boa essa sinergia. Aqui não se trata de competição, mas de sinergia. Em julho foi inaugurada a Wolbito, que era a maior do mundo. Dois meses depois, já não é. Isso é muito bom para a saúde pública do Brasil." 

Sobre a Oxitec aguardar a permissão da Anvisa, o secretário lembrou que novas tecnologias, como a Wolbachia, estão num processo provisório até 2027. "Vamos discutir como regular essa questão. Estamos aqui enquanto Ministério dizendo que é uma das nossas prioridades, dos municípios e do órgão regulador independente. Temos todo o interesse para encontrar uma solução para que [a tecnologia] seja disponibilizada", declarou. 

 

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Neil Morrison